terça-feira, 28 de junho de 2011

Newton Canegal



Qualquer rubro-negro que acompanhe os jogos do Mengão sabe que nossa atual zaga não passa nenhuma segurança. Todos os zagueiros do elenco transmitem esse sentimento, nem mesmo Ronaldo Angelim, herói da conquista do Hexacampeonato Brasileiro em 2009, é unanimidade entre a torcida. Falta um zagueiro que assuma o papel de Xerife da zaga, transmitindo segurança aos companheiros e para a torcida. Como foi Newton.

Newton foi um zagueiro que conquistou um total de 16 títulos pelo clube, sendo os mais importantes o Campeonato Carioca de 1939 e o Tricampeonato Carioca de 1942/43/44, quando formou com Jurandir e Domingos da Guia uma das melhores zagas da história do clube. Participou também da campanha do Torneio Rio-São Paulo de 1940, título que o clube luta atualmente pelo reconhecimento da CBF. Disputou 389 jogos pelo clube e fez apenas um gol, na goleada de 6x1 sobre o São Cristóvão, em 21/10/1945. Além disso, foi técnico das categorias de base e comandou o time principal em 8 partidas.

Newton Canegal nasceu no Rio de Janeiro em 1917. Iniciou no futebol jogando pelo Tijuca, um clube de estudantes. No ano de 1936 jogou pela Portuguesa, de onde saiu em 1938 para o Bonsucesso. Vem para o Flamengo, em 1939, contratado a pedido de Flávio Costa, e fica no clube até 1952, ano em que se aposenta do futebol.

Na época de sua contratação, o clube vivia um jejum de títulos cariocas, e Newton é contratado graças à nova política do presidente José Bastos Padilha de abrir as portas do clube a jogadores negros. Assim, jogadores como Domingos da Guia, Médio, Jarbas, Leônidas e o próprio Newton são contratados. Com um time mais forte e dirigido pela primeira vez pelo técnico Flávio Costa, o Mengão foi Campeão Carioca com uma rodada de antecedência, no que se tornou o primeiro título levantado no estádio da Gávea.

Quando Flávio Costa o trouxe do Bonsucesso, dizia que o considerava o único zagueiro capaz de substituir Domingos da Guia, cujo estilo de jogo era bem semelhante. Assim que Domingos da Guia sai para o Corinthians, Newton passa a ser o seu substituto como referência na zaga, papel que faz sem comprometer.

As boas atuações com o Manto Sagrado levaram Newton até a Seleção Brasileira, disputando a Copa América em 1945 e 1946. Pela Seleção ganhou a Copa Roca em 1945.

Assim que deixa o futebol, Newton começa a treinar os juvenis e auxiliar o treinador Flávio Costa no time profissional. Em 1965, dirige durante um mês e meio a equipe principal, de 25/07/1965 até 18/08/1965, antes da chegada do treinador Renganeschi, que viria a ser o técnico campeão naquele ano. De 28/05/1971 até 10/06/1971, tem nova oportunidade no comando do time principal, sendo nessa passagem técnico junto com Modesto Bria. Apesar das duas oportunidades, Newton Canegal dizia que sua preferência era ser assistente, auxiliando o técnico. No total de suas passagens como técnico, foram oito jogos, sendo 5 vitórias, 2 empates e 1 derrota.

Newton morreu em 2003 de insuficiência cardíaca aos 85 anos. Ele lutava contra o Mal de Parkinson e deixou quatro filhos.
 
Newton Canegal é um dos Heróis do Mengão!

domingo, 26 de junho de 2011

O Rei dos Pênaltis

Jurandir com a faixa de Tricampeão Carioca de 1942/43/44

A história recente dos goleiros do Flamengo pode ser marcada com as inúmeras cobranças de pênaltis defendidas por eles. A conquista do Campeonato Carioca desse ano foi marcada pelas defesas de Felipe nos jogos semifinais dos dois turnos, contra Botafogo e Fluminense, além do pavor que transmitiu aos batedores vascaínos na final da Taça Rio. 
Alguns anos atrás era Bruno, que durante o quinto Tricampeonato Carioca do clube, em 2007/08/09, abriu e fechou a série defendendo cobranças de pênaltis do Botafogo, levando os alvinegros ao Chororô. Durante a campanha do Hexacampeonato Brasileiro em 2009, Bruno também aterrorisou muitos cobradores, como no épico jogo contra o Santos, onde defendeu duas cobranças do meia Ganso.

O desempenho de ambos os goleiros, apesar de alto, não lhes rendeu a alcunha de "Rei dos Pênaltis". Coube a outro goleiro rubro-negro tal distinção, Jurandir.
Jurandir foi um goleiro que fez fama no Palestra Itália, mas que se consagrou definitivamente no Flamengo. Defendeu o clube em 107 jogos, de 1942 até 1946, sendo importante peça da equipe que conquistou o Tricampeonato Carioca de 1942/43/44. Apelidado de “Rei dos Pênaltis”, comandou com Domingos da Guia e Newton Canegal uma das mais eficientes zagas da história do clube.

Jurandir Corrêa dos Santos nasceu em São Paulo, no ano de 1912. Iniciou sua carreira em 1930, no São Bento, clube onde ficou até 1933. Em 1934, transfere-se para o São Paulo da Floresta, clube em que fica por pouco tempo, pois logo em seguida vai para o Fluminense. É no Palestra Itália, hoje Palmeiras, que chama a atenção do público e faz fama. Chega em 1935 e fica até 1939, conseguindo o Campeonato Paulista de 1936 e a convocação para a Seleção Brasileira. Defendeu a Seleção em oito jogos, disputando inclusive o Campeonato Sul Americano de 1937. O sucesso lhe rende um convite para jogar no futebol argentino, em 1940, onde joga pelo Ferro Carril Oeste, e pelo Giminasia Y Esgrima, em 1941.

Em 1942, o então treinador do Flamengo Flávio Costa pede à direção que contrate um goleiro para ser reserva de Yustrich, então titular do clube. O nome sugerido por ele era o do ídolo do Palmeiras, Jurandir. A diretoria do clube atende ao pedido do treinador e o contrata. Inicialmente reserva, Jurandir acaba barrando o titular na estreia do 2° turno do Campeonato Carioca, na vitória de 4x2 sobre o Canto do Rio. Daquele jogo em diante, Jurandir assume a titularidade e não sai mais do time até 1946.

Goleiro seguro e arrojado, o jogador obtém um recorde, recém igualado por Felipe, sofrendo a sua primeira derrota apenas em seu 25º jogo pelo clube. Foi em 3 de março de 1943, na derrota por 3x0 em um amistoso contra o Palmeiras. Durante esse período, levou 30 gols. 
Após sair do clube, em 1946, jogou por um ano no Corinthians. Em 1947, transfere-se para o Comercial, onde se aposenta em 1948. O jogador veio a falecer em 1972.
Jurandir é um dos Heróis do Mengão!

quinta-feira, 23 de junho de 2011

O raçudo Jadir

Jadir demonstrando toda a sua raça em disputa de bola.
Jadyr Egídio de Souza, nascido em São Paulo no ano de 1930, foi um quarto-zagueiro que marcou época defendendo o Flamengo entre os anos de 1952 e 1962, período em que entre outros títulos, conquistou o segundo Tricampeonato Carioca da história do clube em 1953/54/55 e o Torneio Rio-São Paulo de 1961. Atuou em 501 jogos pelo clube, sendo o 9° jogador com maior número de partidas pelo clube, e marcou 8 gols.

Apesar de ser paulista, começou a sua carreira no Flamengo. Aos 22 anos de idade estreia como profissional num time que tinha grandes nomes como Zagallo, Dequinha e Jordan, tendo a ingrata tarefa de substituir o paraguaio Modesto Bria, ídolo do clube que havia se aposentado. Jadir era um zagueiro forte, raçudo e eficiente no jogo aéreo, sendo conhecido pelo seu empenho exagerado dentro de campo. Era um marcador duro, apesar de jamais ser desleal com os adversários, sendo um dos grandes representantes da famosa Raça rubro-negra.

Apesar de ter estreado em 1952, é apenas no ano seguinte que vem seu primeiro título de expressão, o Campeonato Carioca de 1953, formando com Dequinha e Jordan uma linha defensiva intransponível pelos adversários. Após esse título sucederiam os campeonatos de 1954 e 1955, que representariam o segundo Tricampeonato Carioca do clube. As boas atuações de Jadir o levariam até a Seleção Brasileira, onde atuou por seis jogos entre os anos de 1957 e 1961, sem marcar nenhum gol.

Depois de dez anos defendendo o Manto Sagrado, Jadir se transfere para o Cruzeiro, mas acaba fazendo apenas uma única partida pelo clube mineiro. Acaba posteriormente assinando com o Botafogo, onde conquista o Campeonato Carioca de 1962. É pelo clube alvinegro que encerra a sua carreira de jogador, no ano de 1963, com 33 anos de idade. Já depois de pendurar as chuteiras, Jadir vem a falecer no ano de 1977.

Jadir é um dos Heróis do Mengão!

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Jordan, o homem que parava Garrincha



Athirson, Leonardo Inácio, Cássio, Marco Antônio, Roger, Júlio César, Juan, Rodrigo Alvim, Egídio e Júnior César. A lista de laterais esquerdos que atuaram pelo Flamengo na última década é extensa, e poucos destes obteram sucesso e escaparam das vaias. É difícil olhar a lista e encontrar um dentre eles que conseguiu assumir a posição e se tornar incontestável. Incontestável como Jordan, que dentre tantos marcadores de Garrincha, foi escolhido pelo próprio como o melhor de todos.

Jordan da Costa é carioca, nascido em 1932. Atuou no Mengão como lateral-esquerdo e volante, jogando de 1952 até 1963. Com um total de 608 partidas é o quarto jogador com maior número de jogos pelo clube, atrás apenas de Júnior, Zico e Adílio. Pelo clube marcou 3 gols e conquistou 24 títulos, entre eles o Tricampeonato Carioca de 1953/54/55, o Torneio Rio-São Paulo de 1961 e o Carioca de 1963. Chegou a ser convocado para a Seleção Brasileira para a disputa da Taça Oswaldo Cruz, mas não jogou.

Jordan foi revelado pelo São Cristóvão, em 1951, e seu bom desempenho pelo clube despertou o interesse de vários clubes do país. Flamenguista assumido, escolheu ir para Gávea, preterindo propostas mais elevadas de outros clubes. Um exemplo a ser seguido por jogadores que atualmente se declaram rubro-negros, mas que trocam o "amor ao clube" por uma proposta mais alta.

Jogador de muita habilidade, Jordan começou como lateral-esquerdo justamente no período em que Garrincha atuava pelo seu setor. Sempre muito leal, fato realçado pela incrível marca de nunca ter sido expulso em toda sua carreira, Jordan pode ter até levado alguns dribles do alvinegro, mas nunca apelou para a violência e sempre dificultou, ou até mesmo anulou, o lendário adversário. Seu desempenho foi tão bom que rendeu elogios de Garrincha, que o considerou o seu melhor marcador. Durante a campanha do Tricampeonato Carioca de 1953/54/55, formou uma linha intransponível com Jadir e Dequinha.

Jordan pode ser considerado um papa-títulos, pois durante o período em que jogou no clube só não conquistou nenhum trófeu em 1960, conquistando em todos os outros anos ao menos uma taça para o clube. Aposenta-se em 1963 após a conquista do Campeonato Carioca.

Jordan é vivo até hoje, e recentemente foi homenageado pelo clube nas comemorações de 50 anos da conquista do Torneio Rio-São Paulo, ao lado de Carlinhos e Joubert.

Jordan é um dos Heróis do Mengão!

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Biguá, O Índio

 
Biguá na capa da Revista Globo Sportivo de 1951.


Pergunte a qualquer torcedor rubro-negro: "quem é o maior lateral direito da história do Flamengo?", e a resposta será provavelmente unânime: Leandro. Agora, pergunte quem foi o segundo maior? Para os flamenguistas nascidos antes ou durante a década de 40 a resposta também será unanimidade: Biguá!

Biguá era considerado o melhor de sua posição em toda história do clube até o surgimento de Leandro. Marcador implacável, botava medo em qualquer ponta-esquerda que precisava enfrentá-lo. Seus principais títulos pelo clube foram 4 Campeonatos Cariocas, sendo Tricampeão em 1942/43/44 e em 1953, o primeiro de uma nova sequencia de Tricampeonato.

Moacir Cordeiro, que também era chamado de “O Índio”, nasceu em Irati-PR, em 1921. Começou nos juvenis do Atlético do Paraná e chegou ao Flamengo em 1941. Ao chegar à Gávea teve que se impor diante de um plantel recheado de grandes craques como Zizinho, Domingos da Guia, Jaime e Pirilo. Obteve muito êxito, marcando época ao lado de Modesto Bria e Jaime de Almeida, quando formou uma das intermediárias mais famosas do Brasil.

Jogador franzino, através de sua valentia e grande disposição transformava-se num gigante dentro de campo. Se lhe faltava altura, sobrava-lhe uma elasticidade fora do comum, além de um perfeito senso de posicionamento e muita coragem para decidir as jogadas. Jogava marcando o ponta esquerda adversário e gostava de apoiar o ataque, característica possibilitada pela sua grande capacidade técnica. Nos últimos anos de sua carreira chegou a jogar como ponta direita.

O Flamengo foi seu único clube como profissional, e em 1953 precisou encerrrar sua carreira devido à uma grave contusão nos ligamentos do joelho. No dia 3 de novembro de 1953, contra o Botafogo no Maracanã, Biguá posou ao lado dos companheiros, tirou as chuteiras e deu uma volta olímpica. Era o fim de uma grande história, escrita em 390 jogos e com 7 gols marcados. Defendeu ainda a Seleção Brasileira em 1945 na disputa do Campeonato Sul-Americano daquele ano, disputando seis partidas.

Durante muitos anos, foi proprietário de um bar que ficava na sede do clube no Aterro do Flamengo. Biguá foi Flamengo até morrer, em 1989. Como nenhum outro jogador ele encarnou a mística rubro negra. Enquanto jogou, deu-se por inteiro ao Flamengo, festejando as vitórias e chorando nas derrotas. Mais do que um torcedor, Biguá foi um símbolo. Para defender o clube, Biguá usava uma garra incrível, como se cada jogo fosse o último. Foi um dos jogadores que mais demonstraram a raça em campo tanto exigida por nós torcedores.

Biguá é um dos Heróis do Mengão!

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Nonô, o artilheiro dos anos 20



Após mais um jogo do Mengão em que ficamos decepcionados com o poder ofensivo do time, refém do rodízio dos fracos atacantes do atual elenco, é consenso entre a torcida que precisamos de um matador, daqueles que impõem medo à zaga adversária. A torcida que acompanhava o clube durante a década de 20 sabe bem o que é  isso, porque naquela época existia um grande atacante que assombrava a zaga adversária, o artilheiro Nonô.

Nonô era o apelido de Claudionor Gonçalves da Silva, atacante nascido no Rio de Janeiro em 1899. Jogador de grande estatura, utilizava-se dessa característica para assombrar as zagas adversárias e deixar a sua marca de artilheiro. Nonô foi o maior artilheiro do clube durante a década de 20, e é até hoje o 14° maior artilheiro da história do clube, tendo marcado 123 gols em 143 jogos disputados, no período de 1920 até 1930. Pelo clube, conquistou três Campeonatos Cariocas, em 1921/1925/1927. Além disso, fez parte da geração que profissionalizou o futebol no clube.

Apesar de ter nascido no Rio de Janeiro, Nonô iniciou sua carreira no Palestra Itália, o atual Palmeiras, em 1919, sendo Campeão Paulista em 1920. O bom desempenho na campanha do time despertou o interesse do Flamengo, que o contrataria ainda naquele ano. 

No ano seguinte Nonô mostra a que veio, e com 11 gols é o artilheiro do Campeonato Carioca, ajudando o clube na conquista do Bicampeonato em 1921, formando uma bela dupla com Sidney Pullen. Em 1923 repete a dose, é artilheiro novamente do Carioca, mas dessa vez com 17 gols. 

Para quem achava que já estava bom, o melhor de Nonô ainda estava por vir, pois em 1925 alcança a artilharia do Carioca com incríveis 29 gols, sendo peça-chave no time que conquistaria o Campeonato Carioca daquele ano. Na temporada atingiria a marca de 30 gols em 21 partidas.

Infelizmente a carreira de Nonô é interrompida de forma precoce, aos 32 anos, pois em 1931 vem a falecer de tuberculose. Certamente teria feito ainda mais gols, ajudando o clube durante mais alguns anos, talvez com ainda mais conquistas.

Nonô é um dos Heróis do Mengão!

terça-feira, 7 de junho de 2011

Riemer e Pullen

Ricardo Riemer
Nesse post falaremos sobre dois jogadores que estiveram presentes nos primeiros títulos do Flamengo, o Bicampeonato Carioca de 1914/1915, os companheiros de time Ricardo Riemer e Sidney Pullen, que juntos levaram o time à conquista do Carioca de 1915 de forma invicta.

Ricardo Riemer foi um dos primeiros artilheiros do clube, sendo inclusive o maior goleador rubro-negro na década de 10. Jogou no clube de 1913 até 1918, marcando 55 gols em 68 partidas. O atacante conquistou ao todo oito títulos pelo clube, sendo os mais importantes os dois primeiros títulos do clube, o Bicampeonato Carioca de 1914/15. Além disso, foi o maior artilheiro do time por três anos seguidos, em 1914/15/16.

Riemer foi responsável direto pelo primeiro título, pois durante a campanha marcou 14 gols nas 14 partidas disputadas, sendo que no jogo decisivo contra o São Cristóvão, que terminou 4x4, foi o autor de 3 gols.

Em 1915, formou com o meio-campo Pullen uma dupla "explosiva" que levaria o clube à conquista da competição de forma invicta. Riemer esteve em ótima forma, obtendo a incrível marca de 18 gols em 15 jogos.

Nascido em Southampton, na Inglaterra, Sidney Pullen vem para o Brasil ainda criança, devido à transferência de trabalho do seu pai, Hugh Pullen. Em 1910, Pullen começa a jogar no Paysandu, time que possuía forte ligações com os ingleses, sendo Campeão Carioca em 1912, justamente sobre o Flamengo, que acabava de formar seu time de futebol e contava com parte do elenco campeão da edição anterior pelo Fluminense.

Com apenas 17 anos, é o destaque da conquista, sendo decisivo inclusive nos confrontos diretos com o Flamengo, vitória por 2x1 e empate de 1x1, onde acaba marcando nas duas partidas. Tais resultados são determinantes para o título, pois a diferença para o Flamengo ficou em apenas dois pontos. Seu futebol chama a atenção do Mengão, mas o jogador rejeita a transferência, devido à forte ligação com os ingleses. Acaba tendo que voltar atrás de sua decisão em 1915, pois o Paysandu encerra as atividades após perder o título do ano anterior para o Flamengo.

Transfere-se para o Flamengo e marca seu primeiro gol no dia 2 de Maio de 1915, numa partida contra o Rio Cricket, um empate por 2x2. Junto com Pullen vai para o Flamengo também o seu pai, que assume a tesouraria do clube e é o responsável pelo time adotar o uniforme Cobra Coral.

Jogador de muita mobilidade, dificultando a marcação adversária, e dono de uma canhota habilidosa, Pullen tinha uma grande capacidade de enxergar o jogo, sendo responsável por muitas assistências. Além disso, era um líder nato, orientando, cobrando e motivando seus companheiros em campo. Entende-se rápido com Riemer, e juntos lideram o time na conquista do Carioca de 1915, o Bi. É inclusive o vice-artilheiro do time na competição, com 6 gols.

O alto rendimento em campo lhe rende o que é até hoje um fato inédito: é o único estrangeiro a atuar com a camisa da Seleção Brasileira. Disputou o Campeonato Sul-Americano de 1916 na Argentina, jogando em três partidas. No mesmo ano recebe uma outra convocação, mas dessa vez nada agradável: é chamado pela Inglaterra para lutar na Primeira Guerra Mundial, afastando-se assim do Flamengo e do futebol.

Seria por pouco tempo, pois retorna já em 1917, e para sua casa, a Gávea. Em seu retorno obtém algumas conquistas em torneios de pouca expressão, mas o clube amargaria um jejum no Campeonato Carioca de cinco anos. O jejum só viria a terminar em 1920, emendado logo com o Bicampeonato no ano seguinte.

Motivado e em seu auge físico e técnico, Pullen encanta a todos. Versátil, chega a atuar como atacante, meia avançado, mais recuado e até como zagueiro. Sua visão de jogo faz com que seus companheiros fossem sempre presenteados com passes açúcarados. É a sua consagração definitiva, sendo alçado ao posto de maior ídolo do clube.

Sidney Pullen jogou no Flamengo de 1915 até 1923, conquistando um total de 17 títulos com o Manto Sagrado. Com 130 jogos disputados é o oitavo estrangeiro com mais partidas disputadas pelo clube. Marcou 47 gols, sendo o quarto maior artilheiro estrangeiro da história do clube.

Em 1925, após ter se aposentado, faz parte do Ground Committe, uma espécie de comissão técnica que escalava a equipe na época, ajudando a montar o que foi considerado o primeiro esquadrão do clube, o time que seria Campeão Carioca e que possuía vários jogadores de seleção, liderados pelo artilheiro Nonô. Mas isso já é outra história...
Sidney Pullen


Ricardo Riemer e Sidney Pullen são Heróis do Mengão!

domingo, 5 de junho de 2011

Xвала Дејан Петковић



Acaba de se despedir nesse domingo, em jogos oficiais, o MAIOR jogador estrangeiro da história do Flamengo e certamente o maior ídolo dos últimos 15 anos do clube: Dejan Petkovic. Pet foi responsável por um dos momentos mais incríveis vividos pelos rubro-negros de todas as gerações, o golaço de falta aos 43 minutos do segundo tempo que garantiu o Tricampeonato Carioca em 2001 em cima do rival Vasco. Além disso, foi o comandante da incrível arrancada que culminou no Hexacampeonato Brasileiro em 2009. Nada mais justo do que o blog Heróis do Mengão o homenagear nesse post.

Nascido em Majdanpek na Sérvia, antiga Iugoslávia, Petkovic começou a carreira no Radnički Niš em 1988, quando se tornou o jogador mais novo a disputar uma partida profissional com 16 anos e 15 dias. Em 1992 transferiu-se para o Estrela Vermelha, um dos maiores clubes do país. O bom futebol apresentado chama a atenção do Real Madrid que lhe contrata em 1995, mas acaba não o utilizando por escolha do treinador Jorge Valdano. O clube espanhol acaba o emprestando inicialmente para o Sevilla, e depois para o Racing Santander. A falta de oportunidades no clube merengue faz com que o jogador aceite uma inversão ao fluxo normal de transferências internacionais, e troque a Europa pela América do Sul, em 1997, acertando com o Vitória-BA.

Como um jogador europeu troca o Real Madrid pelo Vitória-BA? Petkovic aceita a proposta do clube baiano acreditando em um dirigente baiano que diz ao sérvio que o clube era o atual campeão brasileiro, quando era na verdade apenas o campeão baiano. Com a camisa do clube baiano, Pet chama atenção pelas ótimas atuações e pelos muitos gols feitos. Os atrasos salariais constantes do clube acabam influenciando na sua saída rumo ao Venezia-ITA, em 1999. Na Itália o jogador não se adapta ao estilo de jogo do time e no final do ano começa a negociar seu retorno ao Brasil, dessa vez pra jogar no clube onde faria história, o Mengão!

Pet é contratado pelo Flamengo através da parceira do clube na época ISL, empresa de marketing esportivo que viria a falir anos depois. A contratação envolveu suspeitas de irregularidades financeiras, que posteriormente vieram a influenciar no impeachment do entäo presidente do clube, Edmundo dos Santos Silva.

Em campo, Pet estreia no Mengão contra o Santos, no Torneio Rio-São Paulo, fazendo gol e sendo um dos destaques da goleada do Flamengo por 4 a 1. Começa bem, tendo bom desempenho no Campeonato Carioca, mas acaba indo para o banco de reservas após a mudança de técnico no clube, sendo reserva do time no Bicampeonato Carioca de 2000. Só retorna ao time titular durante o Campeonato Brasileiro e apesar do time não se classificar para a outra fase, Pet comanda o time e tem atuações memoráveis, como na goleada por 4 x 0 sobre o Vasco, que seria o campeão naquele ano. Acaba sendo o artilheiro do time na temporada, com 28 gols.

Em 2001 vem a consagração de Petkovic. No Campeonato Carioca é um dos destaques do time durante toda a campanha, apesar dos vários problemas, como salários atrasados, que quase o tiraram do jogo final (quando foi convencido pelo amigo Wilsão a jogar a final), e dos problemas de relacionamento com a outra estrela do time, o atacante Edilson. O problema entre os dois começou com a disputa pela camisa 10, preferida e sempre usada por Edilson, mas que no Flamengo era de Pet, direito estabelecido no contrato do sérvio.

A relação conturbada entre os dois, entretanto, não afeta o time na final contra o Vasco, quando precisando de uma vitória por dois gols de diferença, o time vence por 3 x 1, com dois gols de Edilson, sendo um deles com uma assistência PERFEITA de Pet, e o gol esPETácular de falta aos 43 minutos do segundo tempo, que leva a todos nós rubro-negros ao delírio toda vez que revemos o lance.

E pensar que esse gol quase não acontece devido a uma "pegadinha" do lateral direito Maurinho, companheiro de quarto do sérvio. Após chegar à concentração, já tarde, Pet foi para seu quarto, e Maurinho usando um programa de computador, que segundo ele era "mágico" e respondia a qualquer pergunta sobre o futuro, pediu para Pet fazer uma pergunta. "Quem decidirá a partida?", perguntou Pet. E o programa respondeu "o camisa 10". A intençäo era motivar Pet, mas após o gol de empate do Juninho Paulista, 10 do Vasco, Pet achou que "o escolhido" era o outro. Ao perceber o abatimento do sérvio, Maurinho desesperadamente confessa a brincadeira, ao digitar a pergunta na verdade Maurinho digitava a resposta, e Petkovic "entra" no jogo.

Meses depois o time conquista a Copa dos Campeões no Nordeste em cima do São Paulo, de Kaká e Luis Fabiano, com direito a replay do gol de falta, dessa vez sobre o goleiro Rogério Ceni. O time era apontado naquele momento como o melhor do Brasil, mas tal status não é acompanhado de uma boa campanha no Brasileiro, onde o time luta para não cair, escapando nas últimas rodadas.

O bom desempenho do time fica restrito à Copa Mercosul, onde chegamos na final, mas uma crise na Argentina, dias antes do jogo decisivo, adia o jogo. Sem muitos dos jogadores que participaram da campanha, já que o título é disputado somente em 2002, o clube perde nos pênaltis. Meses depois Pet, após desentendimentos com a diretoria do clube por conta de salários atrasados, sai do clube e assina com o Vasco.

No Vice, entre idas e vindas à China e Arábia Saudita, conquista o último título de série A do clube, o Carioca de 2003. À partir daí, o sérvio roda por vários clubes do país, começando pelo FlorminenC, onde foi um dos melhores do campeonato Brasileiro, e passa por Goiás, Santos e Atlético-MG, todos sem muito sucesso. No início de 2009, Pet estava sem clube e era dado como aposentado por todos. Menos pra ele.

O meia negocia um abatimento na dívida que o clube possuía com ele, em troca de um contrato com o clube. Acordo feito, Pet é contratado, o que gera insatisfação do então treinador Cuca e do Vice de Futebol, Kleber Leite. O jogador só passa a ter oportunidades na equipe após a saída da dupla, e com Andrade assumindo o comando da equipe. Melhor para o Pet. Melhor para a Nação!

Pet assume aos poucos a vaga no time titular, e para surpresa da imprensa e de parte da torcida que ficou receosa da contratação, começa a comandar a equipe numa tal reação que leva o time da décima-quarta posição para as primeiras colocações. Entre tantas ótimas atuações, destaque para as partidas contra o Palmeiras no Parque Antártica, onde marcou os dois gols da vitória, sendo um deles olímpico, e contra o Atlético-MG no Mineirão, onde marca outro gol olímpico. Dessa vez não caberia à Pet a honra de marcar o gol do título, e sim ao zagueiro Ronaldo Angelim, mas foi dele a cobrança do escanteio, assim sendo o dono da assitência. Pet é eleito pelo jornal Lance! o melhor jogador do Campeonato Brasileiro e entra definitivamente na galeria dos grandes ídolos do clube, ao tirar o Mengão de uma fila de 17 anos sem a maior competição nacional. No final do ano se torna o quinto estrangeiro a colocar os pés na Calçada da Fama do Maracanã.

Talvez fosse melhor para o Pet ter encerrado ali sua carreira, mas nem ele e nem a Nação pensaria nisso naquela hora. Em 2010, Petkovic volta das férias depois de todos, permitido pela diretoria devido às diferenças do calendário sérvio, demora a entrar em forma, e em um intervalo de jogo contra o Flu em que foi sacado no intervalo, discute com Marcos Braz, diretor de futebol. Pouco tempo depois, discute no intervalo de um jogo pela Libertadores com o goleiro Bruno, o capitão da equipe. Em um ano complicado para o clube, Petkovic oscila entre a titularidade e o banco de reservas, mas sempre adorado pela torcida, sendo um dos poucos jogadores poupados das críticas. No ínicio de 2011 Pet é afastado do grupo pelo técnico Luxemburgo, e só volta a treinar com o elenco principal pouco antes do seu último jogo.

Petkovic fez ao todo 198 jogos e marcou 57 gols com a camisa do Mengão, sendo 15 deles de falta, 14 de pênalti e 4 olímpicos. Atuou com a 10 em sua primeira passagem, e na segunda passagem jogou ora com a 10, ora com a 43, usada quando a 10 esteve ocupada. Pet é o jogador estrangeiro que mais jogos disputou no campeonato Brasileiro e também o que mais gols marcou, 83 gols em 269 jogos. A Nação sentirá saudades...

Petkovic é um dos Heróis do Mengão!

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Doutor Rúbis



Aproveitando o gancho do primeiro post, nada melhor do que continuar nossa pequena homenagem no blog aos Heróis do Mengão com o parceiro de meio-campo do Dequinha no Tricampeonato Carioca de 1953/54/55: Rubens. Ou melhor, Doutor Rúbis, como era carinhosamente chamado pela Nação na época.

Rubens Josué da Costa, nascido em Barra Funda (SP), atuou no Mengão entre os anos de 1951-1957, e vestindo a camisa número 8 do Flamengo marcou 84 gols em 173 partidas. Talentoso meia-direita, Rubens recebeu o apelido de Doutor Rúbis devido ao seu estilo no meio-de-campo, sempre distribuindo bem as jogadas e comandando a equipe com seu talento.

Rubens era um atleta que possuía uma incrível facilidade para dominar e controlar a bola. Tais atributos despertaram a atenção do jornalista e escritor Mário Filho que chegou a dizer que "havia um elástico virtual, invisível, ligando a bola à chuteira de Rubens".

Dono de um drible curto, tinha extrema facilidade de se infiltrar pela defesa adversária. Para completar sua lista de atributos, some a precisão nos seus passes e lançamentos, e um chute forte e colocado, o que lhe tornava um grande batedor de faltas. Esse era o Doutor Rúbis...

Com tantas qualidades assim, Rubens deve ter sido uma contratação muito comemorada pela Nação na época, certo? Errado! O jogador começou sua carreira no Ypiranga (SP), e após se destacar foi vendido à Portuguesa de Desportos, mas sua passagem pelo clube durou apenas uma excursão pela Europa. De lá foi direto pra Gávea, que estava em crise, pois o clube acabara de vender o craque Zizinho pro Bangu. Zizinho era um dos grandes ídolos da época e a torcida estava muito revoltada, o que criou um clima de incerteza e dúvidas sobre a contratação e a eficiência de Rubens.

Como acabar com a desconfiança da torcida, de forma rápida e eficiente? Se você pensou em uma vitória sobre os Vices, acertou em cheio! Sua estreia em jogos oficiais pelo clube foi justamente contra o Vasco, clube que na época o Mengão não vencia fazia sete anos. Em 16 de Setembro de 1951, diante de um Maracanã lotado, Rubens foi um dos grandes responsáveis pela vitória de virada por 2 x 1, sendo seus passes decisivos para os gols do time.

Viveu sua melhor fase pelo clube em 1953, onde em 48 jogos marcou 31 gols. Tal desempenho lhe rendeu uma vaga na Seleção Brasileira que disputou a Copa do Mundo de 1954, na Suíça.

Um desentendimento com o treinador paraguaio "Feiticeiro" Solich fez com que sua passagem pelo clube fosse encerrada. Seguiu para o Vice Sem Grana, onde provando todo o seu talento foi campeão Carioca e do torneio Rio-São Paulo, ambos em 1958. Atuou novamente pela Portuguesa e encerrou sua carreira pelo Prudentina (SP).

Rubens faleceu em 1987, vítima de um câncer de pulmão, pobre e esquecido, como muitos dos craques da época. Ficou na memória apenas daqueles que foram felizardos de acompanhar o seu talento com o Manto Sagrado. É com muito prazer que o homenageio hoje, através desse humilde post.

Rubens é um dos Heróis do Mengão!


quarta-feira, 1 de junho de 2011

Você conhece o Dequinha?


Quando decidi criar o blog, fiquei pensando sobre qual dos nossos heróis falaria no post de estreia. Entre tantos jogadores da vasta lista de craques que defenderam o nosso Manto, quem seria o primeiro? Falar sobre o Deus Zico, ou qualquer outro jogador daquele esquadrão de 1981, seria muito óbvio, e pouco impactante para um "lançamento". Para chamar a atenção deveria ser um dos grandes heróis que pouco são valorizados pelo clube, o que faria com que talvez até alguns dos mais fanáticos conhecedores do Mengão o desconhecessem. Vendo o meu acervo sobre o Mengão (que incluem livros, revistas e jornais antigos), encontrei uma escalação do time do Flamengo de todos os tempos, da Série Grandes Clubes, publicada pelo Lance! em 1999. Como camisa 5, desse que seria o Flamengo perfeito, estava Dequinha. Pronto, escolha feita! Tenho certeza de que muitos rubro-negros pouco sabem desse grande Herói do Mengão!

Confesso que "conheço" o Dequinha faz apenas 3 anos. Após o FlorminenC ser vice da Libertadores em 2008, em um dos intervalos de aula na faculdade, tirando onda com a cara de amigos tricoletes, desafiei um deles a encontrar mais de 10 ídolos tricolores. Depois de uma semana, este amigo postou em nossa comunidade no orkut a lista, bem forçada, com cerca de 20 jogadores considerados ídolos por eles. Não satisfeito, o fanfarrão me desafiou a encontrar o mesmo número de ídolos do Mengão que não fossem da geração de 80. Como bom flamenguista, aceitei o desafio, e um dia depois postei uma lista com no minímo o dobro da postada por ele. "Descobri" vários jogadores que até então não conhecia, entre eles estava o Dequinha.

Dequinha era o apelido de José Mendonça dos Santos, jogador que atuou pelo Mengão como volante e algumas vezes até como lateral. Nascido em Mossoró (RN), fez sucesso no Nordeste atuando pelo Atlético de Mossoró, Potiguar, ABC e América-PE, antes de se transferir para o Flamengo em 1950, onde jogou até 1959. Com o Manto Sagrado conquistou 14 títulos, sendo o mais importante a conquista do Tricampeonato Carioca em 1953/54/55. Atuou em 384 jogos e marcou 8 gols pelo clube. Além disso, jogando pelo Flamengo, chegou à Seleção Brasileira, disputando a Copa do Mundo da Alemanha, em 1954.

Sua contratação envolveu um fato curioso. Dequinha era um mito no futebol nordestino, e quando o Mengão quis contratá-lo, os torcedores do América-PE tentaram impedir a venda do craque. Para nossa sorte, o presidente do clube pernambucano, Rubem Moreira, era flamenguista doente, e autorizou a venda do craque assim mesmo. Tudo pelo amor ao Mengão!

Dequinha era dono de um estilo clássico e possuia um toque de bola requintado, sendo considerado um dos últimos grandes centro-médios do futebol brasileiro. Possuia uma ótima resitência física para a época, o que lhe permitia auxiliar o meia Rubens na criação das jogadas de ataque do time, além de proteger a defesa. Era conhecido pelas grandes arrancadas e pelos longos lançamentos que gostava de fazer. Ao se aposentar cedeu lugar ao então promissor Carlinhos.

Numa época onde temos que "aturar" o Cazaubê Jr. (vulgo Fernando) com o Manto, nada melhor do que relembrar um dos grandes volantes que atuaram pelo Flamengo.

Dequinha é um dos Heróis do Mengão!

Novo Blog sobre o Mengão!

Nação Rubro-Negra,
Resolvi criar esse blog para trazer um pouco da história dos heróis do Flamengo para todos aqueles que ainda não conhecem a história de muitos dos jogadores que ajudaram a escrever o nome do Clube de Regatas do Flamengo como um dos maiores clubes de futebol do mundo e espalharam a alegria de ser rubro-negro por todos os cantos do Brasil, o que acabou nos transformando na MAIOR TORCIDA DO MUNDO!
É sempre importante conhecer o nosso passado, pois através dele podemos entender melhor o nosso presente e fazer com que o nosso futuro seja ainda mais próspero!
SRN!